O Milênio: O Reinado de Jesus Cristo na Terra
Absoluta paz, segurança, justiça e prosperidade para todos os povos finalmente alcançados na Terra
Há muito tempo que os homens sonham com uma sociedade perfeita em que todos possam viver em paz e harmonia — um mundo no qual todas as necessidades serão satisfeitas e barreiras como raça, nacionalidade, educação, renda e ambiente não existam mais. Antes da Primeira Guerra Mundial, muitos cristãos acreditavam que a humanidade estava fazendo um progresso gradual nessa direção e que a sociedade se tornaria cada vez melhor até que esse objetivo fosse atingido. Entretanto, após duas Guerras Mundiais e uma terceira aparentemente em preparação — é mais fácil encontrar um cavalo com chifres do que pessoas que ainda mantenham essa posição. No entanto, um plano ativo continua entre os círculos ocultistas em que a versão deles da utopia será cumprida fazendo-se desaparecer a luta sectária. As religiões, dizem eles, causaram mais derramamento de sangue do que qualquer outra coisa e precisam ser abolidas. Para atingir esse objetivo, colocaram em marcha um programa global e maciço conhecido como "Movimento Ecumênico" — encabeçado pelo papa — que está destinado a unir tantos sistemas diversos de crenças quanto possível e consolidá-los. Em seguida, quando o tempo certo chegar, o "Cristo" deles receberá as boas-vindas com braços abertos e o plano-mestre será totalmente implementado. Reduções maciças da população tirarão do mundo todos os indesejáveis (especificamente aqueles que são ferrenhamente monoteístas — os cristãos, os judeus e os muçulmanos) e o resto será subjugado e governado — "benevolentemente", é claro — por uma elite intelectual e social. Utopia? Para as massas que passarão o resto da vida como literais vilões, a definição não é muito apropriada.
Mas não se desanime, mundo! Há outro plano — um plano definido na eternidade — pelo qual um céu literal na Terra será realizado. Antes de criar o universo, Deus determinou que Seu Filho governaria e reinaria este mundo de um trono em Jerusalém. Mil anos foram definidos como a duração e na Palavra de Deus temos muitas pinceladas sobre como será esse reinado e como virá à existência.
O termo "milênio", propriamente, não é encontrado na Bíblia. Ele é formado de duas palavras latinas — mille, significando "mil" e annus, significando anos. Entretanto, a frase "mil anos" é encontrada dez vezes — duas vezes no Antigo Testamento [Salmos 90:4 e Eclesiastes 6:6], e oito vezes no Novo Testamento.
A primeira referência que nos oferece informações sobre o propósito do período de mil anos encontra-se em Apocalipse 20:1-3, onde lemos:
"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo."
Aqui, temos uma declaração muito clara que um dos anjos de Deus amarrará Satanás e o lançará no poço do abismo (seria o espaço sideral?) e colocará um selo na tampa para que Satanás não possa mais "enganar as nações" — até que os mil anos se completem. Embora não seja mencionado explicitamente, precisamos inferir que as hordas de demônios serão da mesma forma aprisionadas, ou de algum outro modo ficarão inativas. Então, de acordo com o plano de Deus, Satanás será "solto por um pouco de tempo" de sua prisão. Por que ele precisará ser solto? Se o Senhor permitir, responderemos a essa questão posteriormente — pois antes de podermos oferecer uma explicação que faça sentido, precisamos desenvolver outras questões.
Começando com os patriarcas de cuja descendência formou-se mais tarde a nação de Israel, Deus falou a eles por meio de Seus profetas e acrescentou "mandamento sobre mandamento e regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali" [Isaías 28:10 e 13]. Com o tempo, eles começaram a entender o fato que um dia, "o Messias, o príncipe" [Daniel 9:25-26] viria para livrá-los e iniciar uma época dourada de paz e tranqüilidade. Duas das principais passagens no Antigo Testamento que prometem isso encontram-se em Isaías 11 e 65:
"Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. E deleitar-se-á no temor do SENHOR; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio, e a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins. E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar. E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso. E há de ser que naquele dia o Senhor tornará a pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente do seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar. E levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra. E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão desarraigados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim. Antes voarão sobre os ombros dos filisteus ao ocidente; juntos despojarão aos do oriente; em Edom e Moabe porão as suas mãos, e os filhos de Amom lhes obedecerão. E o SENHOR destruirá totalmente a língua do mar do Egito, e moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes e fará que por ele passem com sapatos secos. E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo, que for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito." [Isaías 11:1-16].